Recentemente, um colisor (RHIC) em Nova York, EUA, criou a maior e
mais complexa antimatéria vista até agora; antinúcleos de hélio, cada um
contendo dois anti-prótons e dois anti-nêutrons.
O RHIC colide núcleos atômicos pesados, como chumbo e ouro, para
formar bolas microscópicas, onde a energia é tão densa que muitas novas
partículas podem ser criadas.
Antipartículas têm carga elétrica oposta às partículas ordinárias da
matéria (os antinêutrons, que são eletricamente neutros, são compostos
de antiquarks que têm carga oposta aos seus homólogos normais).
Essas partículas se aniquilam no contato com a matéria, tornando-as
notoriamente difíceis de se encontrar e trabalhar. Até recentemente, a
unidade mais complexa de antimatéria já vista era o contraponto do
núcleo de hélio-3, que contém dois prótons e um nêutron.
No ano passado, cientistas anunciaram a criação de uma nova variedade
de antimatéria. Chamada de anti-hiper-tríton, ela é feita de um
antipróton, um antinêutron e uma partícula instável chamada anti-lambda.
O anti-hiper-tríton era a antipartícula mais pesada conhecida até
agora.
Porém, a nova criação não ajuda a responder uma grande questão da
física, que é por que o universo, em geral, não é cheio de antimatéria.
Na verdade, as teorias padrão dizem que a matéria e a antimatéria foram
criadas em quantidades iguais nos primeiros instantes do universo, mas,
por razões desconhecidas, a matéria prevaleceu.
Um experimento chamado Espectrômetro Magnético Alfa, previsto para
ser lançado para a Estação Espacial Internacional em abril, vai tentar
resolver o problema.
Os cientistas acreditam que os antiprótons ocorrem naturalmente em
pequenas quantidades entre as partículas de alta energia que atingem a
Terra, chamadas raios cósmicos.
O experimento também irá procurar antipartículas mais pesadas. Se o
anti-hélio for produzido apenas raramente em colisões, a busca não deve
encontrar anti-hélio. Se o experimento encontrar níveis mais elevados de
anti-hélio, isso poderia reforçar a teoria de que a antimatéria não foi
inteiramente destruída no início do universo, mas apenas “separada” em
uma parte diferente do espaço, onde não entra em contato com a matéria.
O segundo maior antielemento, o anti-lítio, pode, em teoria, formar
antimatéria sólida à temperatura ambiente, entretanto, os pesquisadores
acreditam que isso será muito mais difícil de identificar. A equipe
calcula que o anti-lítio irá ocorrer em suas colisões menos de um
milionésimo de vezes que o anti-hélio, colocando-o fora do alcance dos
grandes colisores.
| tem 23 anos, é jornalista, apaixonada por futebol (e corinthiana!) e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas. twitter: @natromanzoti |

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