Segundo um novo estudo, o sentimento de vergonha, que vem com
experiências como assistir um vídeo antigo que lhe mostra cantando, é
isolado em um tecido no fundo de seu cérebro.
Os pesquisadores queriam detectar a parte do cérebro no controle do
constrangimento. O centro de constrangimento é focado em uma área
chamada córtex cingulado anterior pregenual; este tecido reside
profundamente dentro do cérebro, acima e à direita.
A região é fundamental na regulação de muitas funções automáticas do
corpo, como batimentos cardíacos, sudorese e respiração. Também
participa de várias funções relacionadas com o pensamento, incluindo
emoções, comportamentos de busca da recompensa (como os envolvidos no
tratamento de dependências) e tomada de decisão. Tem um duplo papel em
ambas as reações motoras e viscerais.
Em pessoas que apresentam baixos níveis de constrangimento, incluindo
aquelas com demência, essa região do cérebro é menor do que o normal.
Ela é essencial para esse tipo de reação. Quando você perde a área,
perde a resposta ao sentimento de vergonha.
O tamanho e a forma das regiões do cérebro têm sido associados com
diferenças de personalidade. Os cientistas acreditam que quanto maior
for uma região particular do cérebro, mais poderosa são as funções
associadas a ela.
Por exemplo, os extrovertidos têm grandes centros de processamento de
recompensas, enquanto as pessoas ansiosas e auto-conscientes têm
grandes centros de detecção de erro. Muitas pessoas altruístas têm áreas
maiores associadas com a compreensão de outras crenças.
As pessoas com demência tendem a ter baixos níveis de
constrangimento, mesmo quando se assistem cantando a todos ouvidos hits
bregas do passado. Muitas coisas que os pacientes dementes fazem, como
dar massagens a estranhos ou comer comida do prato dos outros, parecem
não constrangê-los.
Quando os pesquisadores escanearam seus cérebros, notaram que quanto
menos auto-consciente e envergonhado os participantes eram, menor era a
região em seu córtex cingulado.
A digitalização desta região do cérebro poderia ajudar a diagnosticar
essas condições mais cedo. Doenças que surgem com demências, como o
Alzheimer, são difíceis de serem detectadas.
Mudanças comportamentais e sociais tendem a acontecer antes de outros
sintomas que se manifestam mais claramente. Segundo os cientistas, uma
melhor compreensão das alterações emocionais que ocorrem nestas doenças
poderia ser útil para detectá-la quando o diagnóstico ainda não é tão
óbvio. [LiveScience]
Natasha Romanzoti
tem 23 anos, é jornalista, apaixonada por futebol (e corinthiana!) e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas.
@natromanzoti
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