Um novo estudo da Universidade Sheffield (Reino Unido) fez avanços
importantes em direção à cura da surdez usando células-tronco para
reparar ouvidos danificados.
Os cientistas, liderados pelo Dr. Marcelo Rivolta, desenvolveram um
método para transformar células-tronco embrionárias em células da
orelha. Em seguida, eles transplantaram essas células humanas em gerbilos
(um mamífero roedor) surdos, obtendo cerca de 46% de sucesso na
recuperação funcional da audição. A melhoria foi evidente cerca de
quatro semanas após a administração das células.
Estima-se que mais de 250 milhões de pessoas sejam surdas no mundo. O
tipo de perda de audição tratado na pesquisa foi semelhante a uma
condição humana conhecida como neuropatia auditiva. Essa forma de surdez
danifica o nervo coclear, e acredita-se que até 15% da população em
todo o mundo com perda auditiva profunda tenha esse tipo de surdez.
Pacientes podem nascer com neuropatia auditiva e há casos causados
por um defeito genético – alguns genes responsáveis já foram
identificados. No entanto, há evidências crescentes de que fatores
ambientais, tais como icterícia no momento do nascimento e exposição ao
ruído mais tarde na vida, também são fatores de risco para a condição.
“Nós acreditamos que a pesquisa é um passo importante para a frente.
Temos agora um método para produzir células cocleares humanas que
podemos usar para desenvolver novos medicamentos e tratamentos, e para
estudar a função de genes. E mais importante, temos a prova conceitual
de que células-tronco humanas podem ser usadas para reparar ouvidos
danificados”, diz Dr. Rivolta.
A nova técnica ainda não é segura o suficiente para testes em
humanos, mas pode formar a base para um novo tratamento para a
neuropatia auditiva.[Telegraph, Sheffield 1 e 2]
Natasha Romanzoti
tem 23 anos, é jornalista, apaixonada por futebol (e corinthiana!) e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas.
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