Cientistas americanos conseguiram melhorar a visão de duas pacientes
que estavam quase cegas injetando células-tronco de embriões em seus
olhos. As duas mulheres tiveram a visão melhorada em questão de semanas
depois de receberem o tratamento.
Essa descoberta traz esperança de cura no futuro para a degeneração
macular relacionada à idade – que resulta em perda de visão devido a
danos na retina. Este problema afeta atualmente cerca de 500 mil pessoas
na Grã-Bretanha.
Os resultados publicados nesta semana proporcionam um grande impulso
na pesquisa com células-tronco. “Este é um momento muito emocionante em
relação a terapias com células-tronco embrionárias”, afirmou Daniel
Brison, pesquisador na área de células-tronco em Manchester, na
Inglaterra.
Esse foi o primeiro relatório científico que mostrou que células
derivadas de embriões foram transportadas com segurança em humanos sem
sinais de complicações.
Em uma experiência paralela, um homem britânico se tornou o primeiro
europeu a ser tratado com células-tronco embrionárias, no Hospital de
Olhos Moorfield, em Londres.
Ambas as mulheres que fizeram parte do estudo realizado nos EUA
sofrem de degeneração macular, condição que piora a visão central e é
causada pela morte de células da retina. As duas pacientes receberam o
tratamento com células-tronco em julho passado.
Pesquisadores da Jules Stein Eye Institute, da Universidade da
Califórnia, nos EUA, não encontraram problemas de segurança com as duas
pacientes, quatro meses depois que elas começaram o tratamento.
Cada paciente teve um dos olhos injetados com cerca de 50 mil
epitélios pigmentados da retina (EPR), células derivadas de
células-tronco embrionárias. Dessa maneira, a visão de um olho pode ser
comparada com a do outro, que não recebeu o tratamento.
A degeneração macular relacionada à idade é causada pela morte das
EPRs na retina. Cientistas acreditavam que novas células EPR
provenientes de células-tronco, desenvolvidas nos EUA, poderiam ajudar a
melhorar a saúde dos olhos e a visão – o que se mostrou correto no novo
estudo. [Telegraph, Foto]
Stephanie D’Ornelas
é estudante de jornalismo, tem 20 anos e adora um café e um bom livro. Curte ciência, arte, culturas e escrever, mesmo que sejam poesias para guardar na gaveta.
@stehdornelas
stephanie@hiperciencia.com
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