Se você teve uma noite horrível ontem, da qual gostaria de esquecer,
não se preocupe. Em breve, você poderá. Recentemente, pesquisadores
descobriram que, ao remover uma proteína específica em uma parte
específica do cérebro, eles podem apagar permanentemente as memórias
traumáticas em um nível molecular.
Os cientistas da Universidade John Hopkins já conseguiram apagar
memórias traumáticas do cérebro de ratos. A equipe usou sons altos e
repentinos para assustar os ratos, e descobriu que a amígdala, a parte
do cérebro conhecida por causar o que se chama de “condição de medo”,
mostrou a maior atividade durante o experimento.
Quando ocorre um evento traumático, a amígdala cria uma memória de
medo que pode durar uma vida inteira e ter um efeito debilitante sobre a
vida de uma pessoa. Os cientistas também examinaram as proteínas nas
células nervosas e encontraram um aumento na quantidade de proteínas
cálcio-permeáveis.
As proteínas eram excepcionalmente instáveis e removíveis nas células
nervosas. Os pesquisadores acreditam que, através da remoção das
proteínas e do consequente enfraquecimento das conexões no cérebro,
criadas pelo trauma, eles poderiam apagar a memória ruim.
Agora, o próximo passo dos pesquisadores é desenvolver uma droga que
também funcione em seres humanos, já que a descoberta descreve os
mecanismos celulares e moleculares envolvidos neste processo e levanta a
possibilidade de manipular tais mecanismos com remédios que melhorem a
terapia comportamental para condições como o transtorno de estresse
pós-traumático.
Segundo os pesquisadores, apesar de soar como ficção científica, o
medicamento pode um dia ser aplicado para o tratamento de memórias
debilitantes e de medo nas pessoas, como a síndrome de estresse
pós-traumático associada com guerra, estupro e outros eventos. [DailyTech]
Natasha Romanzoti
tem 23 anos, é jornalista, apaixonada por futebol (e corinthiana!) e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas.
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