O caso dos pássaros migratórios



Se você mora em uma aérea cheia de aves migratórias, pode ver, todo ano, as exatas mesmas aves. Isso porque esses animais têm um excelente senso de navegação e direção. Não importa o quão longe eles viajem, eles podem voltar não somente para a mesma região, mas para o exato mesmo lugar onde estavam inicialmente.
E como eles conseguem tal façanha? Os cientistas apostavam que os pássaros se localizavam com base no campo magnético da Terra. Mas como eles fazem isso? Eles têm um “órgão magnético” que sente esse campo?
Não. Os pássaros tem uma carta em sua manga: o entrelaçamento quântico, ou emaranhamento. O entrelaçamento é a forma como dois objetos ficam conectados mesmo que estejam a grandes distâncias. A ação de um, afeta o outro.
Claro que isso é normalmente visto em partículas subatômicas – elas compartilham características mesmo que separadas. E como os pássaros podem se aproveitar esse processo?
Segundo cientistas, isso é possível nas aves graças a uma proteína dentro de suas células, chamada criptocromo.
Nós também temos essas proteínas, mas em uma forma diferente. Nas aves e em insetos como a mosca da fruta, a criptocromo-1 regula a orientação. Nos humanos, a criptocromo-2 tem ligação, por exemplo, com nosso “relógio biológico”.
Agora, uma nova teoria diz que essa proteína dá um impulso de energia em um dos elétrons de um par emaranhado nos pássaros, separando-o de seu parceiro. Em sua nova localização, o elétron experimenta uma magnitude ligeiramente diferente do campo magnético da Terra, o que altera o spin (giro) do elétron.
Com essas informações, os pássaros constroem uma espécie de “mapa interno” do campo magnético da Terra, e podem definir sua posição e direção. A teoria ganhou apoio de uma recente experiência com moscas da fruta, que, quando ficaram sem criptocromo, perderam a sua sensibilidade magnética. Louco, mas plausível.







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